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Programa de atenção plena

semana 8

“Cultivar a consciência não julgadora pode alterar nossos padrões de relacionamento” - Sarah Silverton

Nesta oitava semana de curso, temos um desafio. Talvez, um dos maiores desafios de todos. Vamos tentar, com gentileza e bondade, levar a atenção plena para os nossos relacionamentos. Vamos estar totalmente atentos na hora de falar, escutar e interagir com nossa família, maridos ou mulheres, filhos, e todo o demais. E também com nossos amigos, colegas de trabalho, e pessoas casuais, como quem te atende na padaria.

O exercício é se comunicar - falar e escutar - de forma atenta, bondosa e mais: NÃO JULGADORA. Mergulhe nesse grande desafio. Com certeza valerá a pena. Como diz a especialista em mindfulness, Sarah Silverton: “Cultivar a consciência não julgadora pode alterar nossos padrões de relacionamento”.

O texto da semana vai te guiar em como fazer isso. E também temos um novo vídeo muito enriquecedor. É de Elizabeth Lesser, uma ex-parteira que conta como encontrou sua alma ao abrir a comunicação com a irmã que passava por um cancêr de medula. Como ela diz: "Você não tem que esperar por uma situação de morte para limpar os relacionamentos que são importantes para você". Você pode se abrir para dizer o que realmente importa, e se abrir para escutar o que o outro tem a dizer. Podemos deixar cair as histórias que criamos sobre os outros, os julgamentos, e a culpa que colocamos neles.

Também temos uma nova meditação: a meditação da montanha. Ela nos leva em uma viagem mental que nos mostra o quanto é importante cultivar a solidez, sermos sólidos como uma montanha, e encarar as mudanças da vida com naturalidade. Afinal, a nossa vida muda o tempo todo e lutar contra as mudanças é uma grande fonte de sofrimento. Também temos um texto que nos convida a mudar, quando é preciso.

Boa prática e uma semana cheia de amor, aceitação, atenção e bondade!

 

1. Prática principal:

  • Link para escutar a meditação guiada no site ou fazer download: www.semeandopaz.com/voz

  • Praticar seis dias da semana (a aula conta um dia). Praticar a bondade amorosa e a meditação da montanha pelo menos uma vez (cada) na semana. Se estiver passando por um relacionamento difícil, não deixe de praticar a meditação chamada ‘Assim como eu’, que está no grupo da bondade amorosa. Alternar ou combinar com suas práticas de preferência.

 

2.  Práticas informais

  • Respirar três vezes de forma consciente antes de atender o telefone (praticando depois a escuta consciente), escrever um email ou mensagem de whatsapp.

  • Praticar a escuta e a fala consciente e não julgadora com todos aqueles com quem você se relaciona.

 

3. Leituras da Semana

Lidar com relacionamentos difíceis com Mindfulness. Fonte: Aborrecido

 

A maioria das pessoas experimentam pelo menos um relacionamento difícil. Talvez muitos de seus relacionamentos são difíceis - isso não é algo para se envergonhar. Os relacionamentos podem agitar-se todo o tipo de emoções difíceis. Aqui, você descobrir como gerenciar relacionamentos complicados mais consciente.

Siga estas dicas para lidar com relacionamentos difíceis:

  • Meditar regularmente é a melhor maneira de desligar o seu resposta ao estresse da próxima vez que encontrar a pessoa difícil. Você vai ser mais conscientes da situação e irá responder com sabedoria em vez de reagir ao retirar ou atacar.

  • Mova-se para as suas emoções difíceis, se puder.

  • Um aspecto absolutamente fundamental da plena consciência é aprender a mover-se no sentido de pensamentos difíceis, sentimentos e sensações corporais. Evitando dificuldades cria um estado inúteis, negativo da mente. Ao abordar as dificuldades, você se sentir mais competente e no controle, e muitas vezes as dificuldades não parecem tão ruim quanto você pensava, ou pode até se dissipar por completo.

  • Esteja ciente das qualidades positivas da pessoa.

  • Ninguém é de todo ruim. Todo mundo tem boas qualidades. Seu chefe tenha a certeza que você é pago na hora. Sua tia cozinheiros comida deliciosa. parceiro do seu amigo sempre paga para o jantar. Esteja consciente de qualidades positivas das pessoas, e não apenas as negativas.

  • Ancorar-se com a sua respiração.

 

  • Enquanto você está na companhia de alguém difícil, sentir a sensação da sua respiração. Você pode até mesmo fazer uma mini meditação, pouco antes da reunião ou desse encontro com essa pessoa, concentrando-se totalmente em sua respiração. Esta meditação ajuda a obter a sua cabeça para fora da "história" de seu relacionamento com essa pessoa e se concentra no momento.

  • Ver a pessoa como separado do seu comportamento.

  • Se você se comportar mal para uma noite ou em uma situação, isso não significa que você é uma pessoa ruim - você só cometeu um erro. Da mesma forma, considere o comportamento de uma pessoa como distinta da pessoa. Você não é seu comportamento, e eles não são o seu comportamento. Você pode não concordar com o comportamento ao invés de toda a pessoa.

  • Pense porquê.

  • Seja qual for a pessoa fez para machucar ou irritar você foi feito por uma razão. Talvez ele teve uma infância difícil, um mau conjunto de genes ou apenas um dia difícil. Pense sobre por que ele se comporta da maneira que ele faz, e você não vai se sentir tão ameaçada por ele. Você vai entender a razão subjacente para suas ações e, portanto, você pode ser um pouco mais indulgente.

  • Por exemplo, se o seu colega sempre ignorá-lo em conversas, talvez seja porque você lembrá-la de sua irmã que era realmente desagradável para ela quando ela estava crescendo, ou talvez sua mãe sempre ignorou, ou talvez a parte de seu cérebro que lida com empatia ou atenção simplesmente não está funcionando muito bem. Considerando essas possibilidades podem fomentar a compaixão em você para essa pessoa.

Não espere pela dor para decidir mudar

Por Marta Leite

“Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda.” ―Sigmund Freud

Há momentos em que começamos a experienciar uma certa insatisfação em algum setor da nossa vida, e com ele surge um desejo imenso de promovermos mudanças. É muito comum isso ocorrer quando alguma ideia nova nos chama a atenção, por exemplo, ao lermos um livro interessante, ao testemunharmos alguém a fazer uma mudança radical de vida, quando vemos alguém que fez uma dieta e está com o peso desejado, quando vemos alguém alcançar um objetivo que julgava não conseguir. É comum nessas horas olharmos para nossa história e nos perguntarmos: por que “eu”, embora saiba que preciso, não tenho a coragem de fazer isso também?

Muito embora tenhamos todos os estímulos inspiradores – e até razões bem reais – para promovermos mudanças nas nossas vidas, a grande verdade é que essas mudanças não são fáceis de se promover. E isso possui uma simples razão: existem motivos profundos para optarmos por permanecer em uma determinada situação muitas vezes dolorosa. E assim vamos levando a vida (ou deixando ela nos levar), até um dia em que uma dor muito grande nos convida – nem sempre gentilmente – a mudar.

Isso mesmo: a verdade é que muitas vezes só mudamos porque a dor de permanecer na situação em que nos encontramos é maior do que a dor de mudar. Alguém que amávamos nos abandonou, passamos por situações financeiras complicadas, perdemos alguém muito amado, vivemos uma situação de abuso, perdemos um trabalho que julgávamos ser seguro, percebemos que temos falhado de forma irreversível em algum contexto das nossas vidas, etc… e isso nos obrigou a olharmos mais para dentro de nós próprios. Sim, muito embora tenhamos muitos motivos inspiradores para mudar, o fato é que na grande maioria das vezes, as razões das nossas mudanças são mesmo as bem dolorosas.

O nosso medo da mudança, de uma certa forma, reside em uma ideia de que mudar traz dor: dor do desconforto, dor de encarar o desconhecido, dor da incerteza, dor da possibilidade de fracasso, dor de não saber o que fazer ou de como vai ser… e é nesse medo que nós nos refugiamos, nos acomodamos: negligenciando os nossos sonhos, nossos sentimentos mais profundos, nossas alegrias…

Se acha difícil fazer grandes mudanças – o que é natural -, comece por fazer pequenas, pois são elas que vão aos poucos nos dando segurança e autoestima. Por outro lado, são as pequenas mudanças que, à medida em que se tornam consistentes, vão resultar em grandes e significativas transformações. Uma mudança nada mais é do que sair de uma situação indesejada e chegar a outra desejada. E isso é feito através de um caminho onde mais importante do que como se vai, é aonde se vai – mas é preciso ir. Como se diz: uma pequena alteração na rota poderá levá-lo, ao longo do tempo, a um destino totalmente diferente.

Não espere pela dor para ser obrigado a mudar. Se nesse momento algo na sua vida pede mudança, se existe algum desejo ou projeto de vida que vem querendo realizar, ouça atentamente esta parte de si – e dê importância a isso. Busque ajuda especializada, autoconhecimento, leia bons livros, promova pequenas mudanças de hábitos. Tire o foco do medo e imagine as recompensas da mudança: a alegria que sentiria com as conquistas tanto deseja; as possibilidades que teria ao adquirir competências e habilidades novas; as sensações que teria ao experienciar coisas diferentes; que imagem teria de si se tivesse a qualidade de vida que tanto deseja; o que ouviria se conseguisse finalmente expressar-se melhor, ouvir melhor e assim construir relacionamentos mais fluidos; que resultados teria se mudasse os comportamentos que sabe que não estão a lhe dar o que tanto deseja. Mudar é possível, sim –  e existe um caminho.

Do que está a espera para começar a promover as mudanças efetivas na sua vida?

“As coisas mudam para pior espontaneamente se não forem alteradas para melhor deliberadamente.” —Francis Bacon

4. Vídeo da Semana

Elizabeth Lesser: Diga suas verdades e busque-as nos outros

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